Devastada por ataques de Orcs, o reino de Cormyr ainda sofre com as tropas que restaram após a grande guerra entre essas criaturas e o nobre reino, reduzindo a esperança e as defesas das cidades.
O reino é protegido pela tropa de bons soldados conhecidos como Dragões Púrpuras, que atualmente tentam restaurar o reino à sua antiga glória. No entanto, com muitas baixas, os Dragões Púrpuras ainda não são capazes de proteger a todo o reino, desfavorecendo principalmente as cidades mais distantes.
E foi para ajudá-los que o grupo formado pelo Druida Meio-Elfo Eru, o Paladino Halfling Lino, o Gnomo feiticeiro Dorbaldor, o Elfo Sacerdote de Lathander Edrikiel e o Anão Guerreiro Rurik foram enviados para a pequena cidade de Dhedluk, nas terras centrais do Reino.
Ao chegarem à pequena cidade e se apresentarem aos poucos guardas que ainda restavam, logo notaram que ela já tinha visto dias melhores. Mortos se acumulavam nas ruas e as pessoas que não tinham ido embora da cidade viviam com medo e quase sem esperanças. Após conhecerem um estranho guarda que tragava um tipo de fumo fedorento, eles se apresentaram ao Burgomestre Thiombar, oferecendo a ele sua ajuda. Thiombar estava tratando de alguns assuntos particulares, mas logo deu atenção a eles e aceitou a ajuda, que vinha em boa hora. Não demorou muito para que eles estivessem como parte do contingente de guardas da cidade, agora também conhecendo as coisas estranhas que por lá aconteciam.
Relatos locais comentavam sobre criaturas conjuradas de lugar nenhum, com objetivo de assustar o povo. Souberam também de uma misteriosa Sacerdotisa de Chauntea que ajudava o povo como podia, e logo Edrikiel estava fazendo o mesmo, trazendo as bênçãos de Lathander para o povo, desesperado por um pouco de esperança naqueles dias sombrios.
Mas havia coisas estranhas acontecendo e eles tiveram a impressão de que havia mistério demais para uma cidade tão pequena…
Se preparando para a noite, que costumava ser mais perigosa, eles rumaram para a taverna “Mithral do meu avô”, onde conheceram o extrovertido Anão Sudur (Na verdade, “Sudur do escudo vermelho perdido no vale perdido”), que apesar de não ter gostado muito de Edrikiel, ofereceu a eles a melhor comida que possuía, mesmo a cidade estando com poucos recursos. Aventureiro aposentado, o Anão contou também um pouco mais sobre as criaturas estranhas, incluindo agora Mortos vivos, assim como os ataques de Orcs que a cidade tinha sofrido. Estava claro que alguns destes ataques tinham objetivos diferentes de pilhagem e destruição. O grupo decidiu começar uma investigação mais detalhada sobre os eventos, separando-se. Enquanto Lino, Edrikiel e Rurik se dirigiram para o cemitério da cidade, que ficava na floresta, Eru e Dorbaldor decidiram investigar os arredores da floresta que cercava toda a cidade.
Lino, Edrikiel e Rurik acabaram conhecendo a enigmática Barinia, uma maga Necromântica que parecia estudar o cemitério. Questionada sobre suas razões, ela afirmou não ter qualquer ligação com os eventos com Mortos vivos ocorridos na cidade, mas considerar verdadeiras suas palavras não era tão simples. Embora sentisse um pouco de maldade nela, Lino teve dúvidas quanto à natureza dúbia da estranha Arcana, que ofereceu sua ajuda a eles, caso eles quisessem procurá-la. Acabaram deixando ela ir, embora ficassem muito desconfiados.
Eru e Dorbaldor andaram pelos arredores da floresta e encontraram inúmeros restos de acampamentos e batalhas, mas o que mais chamou a atenção deles foi um Orc que dormia sob um arbusto, cheio de ferimentos. Decidiram capturar o Goblinóide, levando-o secretamente de volta a cidade para tentar descobrir mais pistas sobre ele.
Encontrando-se novamente, o grupo trocou informações e decidiram levar o Orc para a prisão da cidade, deixando-o lá até que o outro dia chegasse e eles pudessem interrogá-lo de alguma forma. Na prisão conheceram o falador Renedir, também conhecido como Dedir, que parecia fazer das palavras um instrumento de manipulação (E de chateação). No entanto, as circunstâncias que o fizeram estar preso eram por demais misteriosas. Além disso, descobriram também que numa outra cela, uma assassina sem nome também estava presa há algum tempo. De poucas palavras, a única coisa que conseguiram descobrir sobre ela é que era seguidora da sombria deusa Shar.
A noite chegou, e com ela o medo dos poucos guardas que ainda restavam. Durante a madrugada, um incidente estranho aconteceu: Um Orc entrou correndo, escalou os muros com grande agilidade e correu por dentro da cidade, ignorando os ataques de Edrikiel e Rurik, que se assustaram com a agilidade da criatura. No entanto, ele acabou morto por Rurik e o lobo companheiro de Eru, destruindo as chances de questionar a criatura sobre suas intenções.
Desconfiados, o grupo resolveu vasculhar a floresta próxima a cidade, acabando por encontrar Barinia novamente. No entanto, não houve tempo para muita conversa: Um pequeno grupo de Orcs seguia a moça, e acabou tomando eles por inimigos, iniciando ali uma grande batalha.
O combate foi difícil, mas o grupo acabou conseguindo vencer, inclusive com a ajuda do Anão Oskar, que passava por ali para chegar a cidade, e algumas magias de Barinia, que depois do combate sumiu misteriosamente, levantando ainda mais mistério sobre suas intenções. Voltando para a cidade, acabaram conhecendo Azaléia, a Clériga de Chauntea que ajudava a cidade. Ela lhes revelou um pouco mais sobre as criaturas estranhas, agora lhes dando a certeza que tinham sido invocadas por algum Arcano ou Sacerdote. Ela ainda revelou que outros grupos de aventureiros já haviam vindo para ajudar a cidade, mas que os últimos tinham desaparecido misteriosamente.
Quando o dia clareou, eles rumaram para a prisão para interrogar o Orc, que acabou revelando que falava a língua deles e parecia ser mais educado do que um Orc comum. Lino também acabou descobrindo mais sobre Dedir, mas o mistério sobre sua estadia na prisão parecia cada vez maior, embora estivesse claro que ele era um “trambiqueiro”. Com um acordo, acabaram soltando o Orc, que revelou se chamar Dantur. Eles o levaram para uma casa abandonada e conversando com a criatura, que falava bem e parecia dotada de poderes arcanos, descobriram grandes revelações sobre parte dos estranhos eventos ocorridos na cidade.
Dantur revelou que algum mago oferecia magia e dinheiro aos Orcs que estavam na floresta. Em troca, eles deveriam procurar uma bota vermelha dentro da cidade. Para complicar ainda mais as coisas, secretamente a mesma pessoa contratou ágeis ladrões para vigiarem a cidade, informando a ele ou ela quais aventureiros se destacavam ao lutar contra os Orcs, o que provavelmente tinha alguma ligação com a história contada por Azaléia. As dúvidas aumentavam, e agora as suspeitas apontavam novamente para Barinia, embora a história de Dedir ainda continuasse sem muitas respostas, e existissem dúvidas quanto a ligação da Assassina na trama como um todo.
Os mistérios aumentavam cada vez mais: Por que alguém iria querer uma bota vermelha? Esta bota realmente existia ou era só um artífice para que pessoas analisassem quais aventureiros se destacavam em combater Orcs? Dedir era um criminoso perigoso ou alguém pego na hora errada e no lugar errado? Quais eram os verdadeiros papéis de Barinia e Azaléia nessa história toda? Por que a busca por aventureiros numa cidade em que poucos deles apareciam? Seriam os heróis os próximos a desaparecerem misteriosamente?
Muitas perguntas ecoavam, mas as respostas eram poucas…